Artigo assinado por: Neylson Crepalde – CTO da A3Data
Instituições já utilizam tecnologia que funciona como um assessor podendo até dar conselhos sobre investimento
A grande repercussão da Inteligência Artificial (IA) generativa, assim como o impacto desse tipo de tecnologia no setor financeiro, não são assuntos novos mas passam a apresentar de maneira mais contundente soluções tangíveis para problemas reais do mercado.
Temos visto notícias de grandes investimentos de empresas do setor financeiro usando IA para potencializar os produtos, a experiência do cliente ou para aumentar a eficiência ou a rentabilização dos ativos. Um dos exemplos é JP Morgan que registrou a patente do indexGPT, uma IA generativa que se propõe a funcionar como um assessor, que traz informações do setor e pode até te dar conselhos sobre investimentos.
Outro exemplo foi a agência de notícias Bloomberg que anunciou o BloombergGPT, uma IA generativa proprietária desenvolvida dentro da companhia a partir de uma massa de dados coletada, criada e organizada ao longo de 40 anos! A nova ferramenta pretende auxiliar em tarefas como a análise de sentimentos, o reconhecimento de entidades nomeadas e a classificação automática de notícias.
Entretanto, ainda há um bom caminho para que o uso dessas tecnologias se consolide. No Brasil, a falta de informação concreta e consolidada sobre a segurança das ferramentas e uma utilização errada no que tange aos fatos e às pessoas ainda bloqueiam o caminho..
A questão da segurança da informação ainda é bastante nebulosa com relação às IAs generativas, pois não há uma clareza no mercado sobre quais informações são retidas para melhoria do serviço e como essas informações são utilizadas ou disponibilizadas a outros usuários. Além disso, ainda há uma parcela enorme de pessoas utilizando a ferramenta como mecanismo de busca para fatos e pessoas, finalidade a qual ela não se propõe.
Nesse sentido, é importantíssimo que as empresas desenvolvam as equipes para um melhor entendimento e aproveitamento das IAs generativas. Afinal, é inegável que essas ferramentas serão parte importante do sucesso de entrega das empresas. Mas isso só acontecerá com uma correta utilização e a consciência sobre como utilizá-las para gerar valor tangível.