Artigo por: Bárbara Fraga – AI Advocate da A3Data


Num mundo em constante evolução tecnológica, a aplicação da inteligência artificial (IA) tem se mostrado uma ferramenta poderosa para otimizar diversos setores, incluindo a área da saúde, que lida com vidas e demanda por inovações para garantir eficiência e redução de custo.

Hospitais que se encontram sobrecarregados e repletos de pessoas em busca de cuidados médicos, enfrentam desafios complexos para tornar sua operação mais eficaz, o que resulta na melhoria da experiência do paciente. Nesse contexto, a IA pode oferecer uma série de soluções para otimizar processos e proporcionar um atendimento mais efetivo e personalizado.

Um dos principais problemas enfrentados pelos pacientes em hospitais é a longa espera por atendimento médico. Esse cenário pode ser transformado por meio da implementação de sistemas de IA usando chatbots e assistentes virtuais, por exemplo, que podem ser empregados para realizar triagens, coletar informações sobre os sintomas dos pacientes e fornecer orientações preliminares.

Isso não apenas reduz o tempo de espera, mas também alivia a pressão sobre os colaboradores, permitindo que os profissionais de saúde se concentrem em casos mais complexos e de maior urgência. Além disso, os agendamentos e as autorizações prévias podem ser agilizados por meio de processos automatizados, permitindo uma administração mais eficaz dos horários e recursos disponíveis.

A previsão de demanda e estoque é outra área em que a IA pode exercer um papel transformador. Nesse processo, os algoritmos avançados são capazes de analisar padrões de consumo de insumos médicos, medicamentos e outros recursos hospitalares, antecipando as necessidades futuras e permitindo um planejamento mais eficiente. O resultado dessa automatização é a redução do risco de escassez de suprimentos, bem como o desperdício de recursos.

Outro desafio é a otimização do fluxo de pacientes. A IA pode analisar os padrões de movimento e tráfego dentro do hospital e recomendar ajustes para alocar leitos de forma mais eficaz e coordenar transferências de profissionais entre departamentos. Isso resulta em uma experiência mais fluída para os pacientes, além de uma utilização mais eficiente dos recursos hospitalares.

No aspecto dos equipamentos médicos, a IA também pode ajudar por meio do machine learning, que fornecerá a previsão de necessidades de manutenção e agendamento dos reparos preventivos, evitando interrupções não planejadas que possam comprometer o atendimento aos pacientes.

Dois casos reais ilustram o potencial da IA na eficiência operacional hospitalar. No Hospital Albert Einstein, por exemplo, a tecnologia foi empregada para criar um modelo preditivo que avalia a probabilidade de internação de pacientes na emergência.  Com essa prática, quando o médico pede a internação, o leito já esteja disponível, sem espera ou gargalos, o que gera uma boa experiência para aquela pessoa que está passando por uma situação difícil.

Um outro caso bem-sucedido e que envolveu IA foi no Hospital Mater Dei, com a criação de uma ferramenta para realizar a gestão de escala dos funcionários. Isso facilitou o controle de jornada e gerou mais autonomia quanto ao remanejamento dos colaboradores disponíveis entre os setores e as unidades, de acordo com a demanda que o hospital precisava.

A inteligência artificial oferece um vasto leque de oportunidades para aprimorar a eficiência operacional e a qualidade do atendimento em hospitais. Desde a triagem inicial até a manutenção de equipamentos, essa tecnologia tem o potencial de revolucionar a forma como os hospitais funcionam, proporcionando uma experiência mais ágil, personalizada e eficiente para os pacientes.

Com a adoção estratégica e responsável da IA, os hospitais podem se tornar ambientes onde a tecnologia trabalha em conjunto com os profissionais de saúde para oferecer o melhor cuidado possível.

Notícias

Sucesso entre Mater Dei & A3Data – Projeto de Gestão de Escala